O comício de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade de São Paulo neste sábado (20.ago.2022), teve poucas pessoas e confirmou o temor do comando da campanha presidencial petista. Havia receio de que o espaço, muito amplo, não ficasse cheio o suficiente para dar demonstração de força política na capital paulista. O número de militantes ficou aquém do esperado.
O portal Poder360 analisou imagens aéreas do evento no momento em que havia a maior concentração de público. As fotos foram ampliadas. Foi possível contar quantos apoiadores de Lula estavam aproximadamente em cada local do Anhangabaú. De acordo com essa contagem, o comício paulista teve cerca de 4.200 pessoas presentes.
O PT disse que 70.000 compareceram, número que não aparece nos vídeos do evento. O Poder360 apurou, no entanto, que a expectativa era maior. O PT havia informado à Prefeitura de São Paulo que eram esperadas 100.000 apoiadores no Vale do Anhangabaú.
A avaliação da estimativa de público foi dos pesquisadores Pablo Ortellado e Márcio Moretto. A pesquisa utilizou um algoritmo para dividir uma imagem aérea de alta qualidade em 8 partes. “A precisão do algoritmo é de 84,5% e a acurácia de 80,1%.”.
Lula comete gafe sobre violência contra mulher e ataca pastores, padres e igreja
Durante seu discurso no comício Lula cometeu uma gafe ao falar sobre a violência doméstica contra as mulheres. Ele disse:
“Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos aceitar mais isso.”
No evento Lula (PT), voltou a abordar a temática religiosa e disse que “tem gente que está fazendo da igreja um palanque político”, em referência ao apoio de lideranças evangélicas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo. Tem demônio sendo chamado de Deus e tem gente honesta sendo chamada de demônio”, disse o ex-presidente neste sábado em referência a Bolsonaro e ele mesmo se declarando como "gente honesta".
Após defender o Estado laico e dizer que as igrejas não devem “cuidar de candidatura de falsos profetas ou de fariseus”, o petista também atacou as igrejas e diminuiu a importância dos padres e pastores quando declarou: “Eu, quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou de pastores. Eu posso me trancar no meu quarto e conversar com Deus quantas horas eu quiser sem pedir favor a ninguém. É assim que a gente tem que fazer para a gente não ser obrigado a escutar pessoas contando mentira quando deveria estar cuidando da fé”.
Ao comentar o discurso do ex-presidente nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, disse que Lula não respeita os valores cristãos e ironizou a fala do petista ao mencionar a violência contra mulheres. “Será que vão falar que é Fake News?! (...) Ah se fosse o Bolsonaro a falar uma atrocidade dessas...”, postou.
A intensificação da referência religiosa ocorre após pesquisa do Datafolha divulgar, nesta quinta-feira (18), que Bolsonaro ampliou sua vantagem frente a Lula perante o eleitorado evangélico. O presidente soma 49% das intenções de voto dessa parcela da população contra 32% de Lula, segundo o levantamento.
Fontes: Poder360 e oantagonista e Gazetadopovo
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