Um encontro no Palácio da Alvorada na última quarta-feira, 3, reuniu lideranças políticas, ministros, senadores e representantes do agronegócio. Reivindicações foram feitas ao governo federal, as principais delas vieram de representantes do Mato Grosso. Vários deputados cobraram o presidente Jair Bolsonaro (PL) da necessidade da transformação na agroindústria e que a logística intermodal seja concretizada na região. O setor rural é um grande rural do presidente, mas passa por incertezas em função de alianças políticas formadas em algumas regiões do país. Ainda assim, para o senador Wellington Fagundes (PL-MT), o setor do agronegócio não está dividido entre quem apoiar nas eleições. “O presidente Bolsonaro, hoje, é o nosso grande companheiro do PL. Então, nós vamos aqui, claro, também mostrar a nossa força do partido, buscando exatamente ajudar o nosso Estado, o Mato Grosso e ajudar também o Brasil”, declarou. O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) deve declarar seu apoio a Bolsonaro na convenção partidária da legenda no Estado, que será realizada na próxima sexta-feira, 5 de agosto. Em discurso no evento do Palácio da Alvorada nesta quarta, Mendes disse que o Estado vai caminhar ao lado do presidente nos próximos dias. Até então, o apoio dele a Bolsonaro era considerado incerto. “Eu tenho a absoluta convicção que grande parte dos mato-grossenses já fizeram a sua opção. Eu conversei há poucos meses atrás com o presidente do seu partido, Valdemar [Costa Neto], fizemos um compromisso. E o senhor pode ter certeza que nós vamos honrar esse compromisso. E estaremos durante as próximas semanas defendendo aquilo que eu e que grande parte da nossa população do Mato Grosso acredita”, declarou Mendes.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a questão da segurança alimentar com apoio do agronegócio. Ele também relembrou a situação do novo marco temporal para demarcações de terras indígenas no país, que está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal e poderia inviabilizar a produtividade de algumas regiões. “O ministro Fachin resolveu ali, por livre e espontânea vontade, reinterpretar a questão do marco temporal. Lá são 11 ministros. E essa reinterpretação, caso ela seja acolhida pelo STF, nós teremos dobradas o número de áreas indígenas no Brasil, ou seja, nós teremos uma outra área do tamanho da região sudeste e, obviamente, vai pegar a propriedade de muitos de vocês. E o que eu falei, e quero repetir aqui, é que nós temos duas alternativas se isso chegar ao ponto final, entregar a chave para alguém do Supremo, para comandar o Brasil, ou não cumprir”, disse sob aplausos. Bolsonaro ainda destacou a redução de ações do Movimento Sem Terra (MST) em áreas rurais do país. “No governo de Fernando Henrique, o MST tinha uma invasão por dia (…) reduzimos, lá atrás, para quatro por ano, dando dignidade ao pessoal que era usado pelas lideranças do MST”, pontuou.
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