O novo comando do PROS, modificado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no domingo (31) decidiu fechar apoio à chapa formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Com isso, vai retirar a candidatura de Pablo Marçal, que havia sido aprovada em convenção pela antiga ala que comandava o partido e tinha inclusive já sido registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assessoria diz que presidente da legenda não tem poder de derrubar convenção.
A decisão foi tomada após reunião em São Paulo entre o comando da legenda, agora nas mãos de Eurípedes Júnior, fundador do PROS, e integrantes da campanha de Lula. Além de Eurípedes, estavam presentes na reunião o advogado do PROS, Bruno Pena, e o presidente da Fundação da Ordem Social, Felipe Espírito Santo. Pelo lado de Lula, estavam o ex-senador Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo, além de Alckmin. O PROS também deve anunciar apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT), ao governo de São Paulo.
A negociação foi possível após o STJ trocar o comando da legenda. Eurípedes enfrenta uma batalha interna contra Marcus Holanda, da ala que aprovou o nome de Pablo Marçal. Após vencer em primeira instância, o fundador da legenda havia sido derrotado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT). Agora, com a decisão do ministro Jorge Mussi, vice-presidente do STJ, ele conseguiu voltar ao comando do PROS.
O apoio da sigla a Lula ficou condicionado à aceitação da proposta criar um auxílio para brasilerios endividados. A formalização do apoio se dará em convenção agendada para o dia 5 de agosto, de acordo com o advogado Bruno Pena, que participou do encontro e confirmou a sinalização de apoio à chapa de Lula e Alckmin. Ele afirmou que o comando do partido ainda vai conversar com Pablo Marçal sobre o assunto.
Em resposta ao anúncio de apoio, a assessoria do candidato reagiu e afirmou que o novo comando da legenda não tem essa atribuição. Segundo ele, a nova convenção não obedece os prazos legais.
"Sobre a notícia veiculada a partir de uma nota do PT de que a direção temporária do PROS, encarnada na figura do presidente afastado por corrupção e marversaçao de verbas do Fundo Partidário, Euripedes Júnior, temos a informar que legalmente ele não tem esse poder de mudar o resultado de uma convenção realizada dentro do prazo legal, pois precisaria dispor dos 10 dias para convocação e como assumiu dia 1º de agosto e o prazo final das convenções é 5 de agosto, mesmo que se mantivesse no cargo, o que é improvável, não teria o amparo legal para mudar os rumos de uma convenção", afirmou a nota de Marçal.
Mais cedo, Pablo Marçal já havia reagido às articulações de Lula dizendo que tratava-se de um estreitamento do espaço democrático e um 'vale tudo' pelo poder. No final do mês passado, ele chamou o ex-presidente de vagabundo que vive chapado e que deveria se aposentar.
Nas redes sociais de Marçal ele afirmou "Então o PT quer me tirar? A piada virou pesadelo" e marcou uma live intitulada "A RENÚNCIA DE MARÇAL" para hoje às 20h
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