O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, sinalizou nesta sexta-feira (29) que pode deixar a carreira política se não vencer a eleição deste ano ao Palácio do Planalto.
Em evento da SBPC (Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência) na UnB (Universidade de Brasília), o ex-ministro e ex-governador do Ceará disse que, em caso de derrota nas urnas, vai “botar a viola no saco”.
Na reta final da campanha de 2018, quando também concorreu à Presidência, Ciro já havia afirmado que disputaria sua última eleição naquele ano. Quatro anos depois, está de volta à disputa.
No evento na UnB nesta 6ª, uma participante pediu que o pedetista não desistisse de se candidatar em futuras eleições. Na quinta-feira (28.jul), a SBPC havia recebido o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT.
“É muito lisonjeiro. Vou morrer brigando pelo Brasil, é o amor da minha vida, é a minha paixão, é a minha vocação. Mas tenho que compenetrar que [ser] 4 vezes candidato [a presidente da República] e não ser escolhido… Talvez não seja esse o meu destino”, disse Ciro.
De fevereiro de 2015 a maio de 2016, Ciro trabalhou na iniciativa privada. Presidiu a Transnordestina S/A, subsidiária da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) encarregada de construir a ferrovia que ligará o porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco.
Deixou a empresa para voltar à cena política, nos meses finais do processo de impeachment que cassou o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) –a que ele se refere como “golpe de Estado”. Dois anos depois, lançou-se pela 3ª vez candidato à Presidência da República.
Ao passo em que diz que não deve mais disputar eleições nacionais, Ciro declarou que tampouco deseja um eventual retorno à política do Ceará, seu berço político.
“Não tenho mais nada para cumprir na política do Ceará. Não desejo mais nunca”, disse.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...