O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a aliados que aceitaria participar de um debate contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, mas sem a presença dos outros candidatos à Presidência.
Para isso acontecer, o evento teria de ser promovido por jornais e portais de internet. Diferentemente de emissoras de televisão e rádios, esses veículos não estão obrigados por lei a chamar todos os candidatos com ao menos cinco representantes no Congresso.
Na convenção do PL que oficializou a candidatura de Bolsonaro à reeleição, o mandatário disse que toparia um debate com o petista. “Não teria aqui adjetivos para qualificá-lo [Lula] neste momento. Quem sabe num debate, caso ele esteja presente”, falou.
Bolsonaro não quer participar, porém, de debates com outros candidatos. A campanha do atual chefe do Executivo acredita que ele viraria alvo de todos os adversários.
Por outro lado, a campanha de Lula disse que aceitaria o “pool” de emissoras de TV, mas ainda não fez declarações sobre um debate somente com Bolsonaro. O “pool” significa uma união de emissoras para reduzir o número de debates.
‘Não quero ficar refém de 50’
Em entrevista, Lula garantiu que irá a debates, mas pediu um número menos de eventos para que ele possa comparecer. Segundo o petista, a prioridade é viajar pelo Brasil e, por isso, ele não poderia se tornar “refém” dos debates.
Debate cancelado
A CNN Brasil anunciou na terça-feira (26) o cancelamento do debate com os candidatos à presidência do país. A decisão foi tomada após as campanhas dos dois principais nomes na disputa, Lula e Bolsonaro, não confirmarem as presenças de ambos.
O evento abriria o calendário de debates eleitorais entre os presidenciáveis e estava marcado para o dia 6 de agosto.
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