Em representação apresentada ao TSE, os advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) dizem que o Partido Liberal (PL) fez uma campanha de impulsionamento de conteúdo digital em 22 e 23 de julho, dias que antecederam a convenção que lançou Jair Bolsonaro como candidato à reeleição. O PL teria gasto R$ 742 mil reais em 15 vídeos impulsionados nesses dois dias. De acordo com o PT, o alcance dos vídeos chegou a 81 milhões de visualizações em apenas 72 horas. Para os advogados, essa situação configura violações às regras de propaganda no período da pré-campanha, dada a inobservância do dever de moderação de gastos com impulsionamento previsto na Legislação Eleitoral.
Nenhuma outra sigla ou pré-candidato chegou sequer perto dos valores despendidos pelo PL, segundo a defesa do PT. O partido pede ao TSE que, uma vez mostrada a ausência de moderação dos gastos, seja determinada a imediata interrupção do impulsionamento pelo PL e a apuração da origem dos recursos utilizados para os impulsionamentos. Potencialmente, pode ter ocorrido a aplicação indevida de recursos do fundo partidário, o que geraria a aplicação de multa equivalente ao dobro da quantia despendida pelos impulsionamentos irregulares, o que totalizaria o valor de R$ 1,4 milhão. A convenção que oficializou a candidatura de Bolsonaro à reeleição reuniu 12 mil pessoas no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no domingo, 24. O ato chegou a ser alvo de uma campanha de boicote nas redes sociais, com o objetivo de esvaziar o evento. A ação promovida por opositores também deve ser alvo de investigação da Justiça Eleitoral.
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