Foto: reprodução
A convenção nacional do PT deliberou, agora há pouco, resolução orientando o PT do Rio de Janeiro a não realizar a convenção prevista para homologação da aliança com Marcelo Freixo até decisão da Executiva Nacional sobre o assunto, o que deve acontecer na próxima semana.
A medida decorre de solicitação do vice-presidente nacional do partido Washington Quaquá para que a direção nacional petista reveja o apoio declarado ao candidato do PSB no Rio em razão do rompimento do acordo nacional, segundo o qual o PSB indicaria o candidato ao Governo e o PT, o nome ao Senado. Nesta quarta-feira, o PSB rompeu o entendimento e lançou candidatos para os dois cargos : Freixo para o Governo; Alessandro Molon para o Senado.
Na composição da aliança, o PSB excluiu o PT de todas as posições na chapa. O vice foi ofertado ao PSDB, que deve indicar o ex-prefeito Cesar Maia. Na formatação da coligação, costurada por Marcelo Freixo e a direção do PSB, cabe ao PT fluminense apenas apoiá-lo.
O ex-deputado federal e ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, externou o sentimento do partido em suas redes sociais.
“O PSB, ao homologar a candidatura de Molon ao Senado, descumpriu o acordo celebrado com o PT. Isso se chama falta de respeito. Na política, descumprimento de acordo sempre gera consequências. O PT vai ter de reavaliar o quadro eleitoral no Rio. A candidatura de Lula não pode ser prejudicada por projetos personalistas irresponsáveis que não levam em conta a desgraça do Brasil e do Rio de Janeiro. Não é aceitável uma chapa majoritária no estado do Rio com catinga lavajatista”, concluiu Wadih.
Quem também enfatizou o apoio de Molon à Lava-Jato, hoje apoiador do ex-presidente Lula, foi Alberto Cantalice, quadro histórico do PT no Rio de Janeiro, membro do diretório nacional do PT e diretor da Fundação Perseu Abramo.
“O PSB vai ter que decidir: ou aposta em um projeto coletivo em torno de Marcelo Freixo-o único candidato capaz de romper o círculo vicioso da política do RJ-ou aposta no projeto pessoal de Mollon. Para o PT é uma humilhação. Nós enfrentamos sozinhos a Lava Jato. Outros? Surfavam...”, ironizou.
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