O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (União Brasil), anunciou nesta terça-feira, 19, que não irá mais concorrer ao comando do governo do Estado. Em nota, o político ressaltou que ainda não decidiu se irá se candidatar à Câmara dos Deputados, à Assembleia Legislativa do Rio ou se não disputará cargos eletivos neste ano. Em reunião com a cúpula do partido, decidiu-se entre o político e integrantes da legenda que Garotinho não terá a obrigação de apoiar o atual governador Cláudio Castro (PL) na sua tentativa de permanecer no Palácio Guanabara. Já sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho (União Brasil-RJ), ingressará na corrida ao Senado Federal.
Na última quinta-feira, 14, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, havia restabelecido os direitos políticos de Garotinho e, com isso, o sua candidatura havia sido confirmada. A condenação suspensa pelo tribunal ocorreu em 2018 e refere-se a supostos desvios ocorridos na gestão de Rosinha Garotinho, esposa do ex-governador, na ordem de R$ 234 milhões sobre a Saúde do Estado. Um dia após a decisão favorável, Anthony sofreu um revés e teve seu pedido de habeas corpus negado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre uma condenação de 13 anos e nove meses de prisão por envolvimento em um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes durante as eleições de 2016. Com isso, Garotinho pode voltar a se tornar inelegível.
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