O Ministério Público de São Paulo pede que a Polícia Federal investigue eventuais irregularidades na declaração de domicílio eleitoral de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo do Estado. O promotor eleitoral Luiz Fernando Guedes foi quem pediu a instauração de um inquérito policial em âmbito federal para apurar a situação eleitoral do ex-ministro da Infraestrutura. A investigação ficará sob responsabilidade de PF de São José dos Campos, no interior do Estado. Desde abril deste ano, o pré-candidato vem sendo alvo de investigações, principalmente porque os adversários políticos acreditam que ele não tem nenhum tipo de vínculo com São Paulo e nem vive no Estado. Anteriormente, Tarcísio já foi investigado pelo Tribunal Regional de São Paulo na mesma questão.
Em nota, o Ministério Público Eleitoral informou que tem recebido diversas denúncias sobre eventuais irregularidades na declaração de domicílio eleitoral de Tarcísio Gomes de Freitas, baseadas em uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo de título “Tarcísio não mora em imóvel indicado à justiça eleitoral”. Diante das representações encaminhadas para a promotoria eleitoral sobre esse tema, a instituição requisitou a instauração de um inquérito criminal para a elucidar os fatos. A promotoria eleitoral vai acompanhar todos os trâmites da investigação e também deverá se manifestar sobre a situação assim que as apurações forem encerradas.
A assessoria de imprensa do pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes informou que ele tem contrato de aluguel de um imóvel em São José dos Campos e que a mudança do domicílio eleitoral dele se deu de forma legal. Em nota, a equipe de Tarcísio de Freitas afirma que as investigações são um sinal de incômodo com o “fortalecimento contínuo de crescimento da pré-candidatura dele ao governo do Estado”. No dia 31 de junho, o Tribunal Regional Eleitoral de SP rejeitou uma petição do PSOL contra a transferência de domicílio eleitoral do ex-ministro. O desembargador Silmar Fernandes, vice-presidente do tribunal e corregedor eleitoral, entendeu que a ação proposta por Juliano Medeiros, presidente do PSOL, foi ajuizada fora do prazo legal e, por isso, a decisão acabou sendo favorável ao pré-candidato.
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