A pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) disse nesta quarta-feira, 25, “não ter dúvidas” de que contará com o apoio do PSDB durante a campanha. Após a saída de João Doria (PSDB) da disputa, os tucanos, que negociavam uma postulação única com MDB e Cidadania, voltaram a cogitar a possibilidade de uma candidatura própria. A senadora já teve seu nome aprovado pelo Cidadania e conta com apoio de 90% dos diretórios estaduais do MDB. Em coletiva de imprensa nesta quarta, porém, a parlamentar minimizou o fato de não ser unanimidade dentro da própria legenda. “Não temos a unanimidade do partido, mas teremos a unanimidade nas convenções. Essa unanimidade significa unidade”, afirmou Tebet, que se me mostrou esperançosa com a “volta” do PSDB à terceira via. “Eu não tenho dúvidas que semana que vem estaremos com aqueles que sempre foram nossos aliados de primeira hora: os homens e mulheres de bem do PSDB. Eu não tenho dúvida que essa construção está sendo muito bem-feita pelo nosso presidente Baleia Rossi junto com o presidente Bruno Araújo.”
A pré-candidata não vê problemas em ser pouco conhecida pelo eleitorado. Para ela, cinco meses é o suficiente para conseguir mostrar aos brasileiros o seu programa de governo. O foco de Tebet será nas mulheres, parcela mais indecisa da população. “Nós estamos a 5 meses da eleição. Nossa caminhada começa agora. Nossa caminha é diferente das demais: é com proposta claras e objetivas para o povo brasileiro. Sou desconhecida, mas isso me fortalece”, defendeu Tebet. “Eu tenho certeza, pelas pesquisas que chegaram, que a maior parte da população ainda não escolheu (candidato) e, se escolheu, foi pelo menos pior. Essa não pode ser uma eleição de rejeitados, de menos rejeitados”, ponderou a senadora, que acredita que conquistará o voto feminino. “Nos últimos 8 anos, temos visto uma geração de meninas e mulheres ensinando a nós, mulheres que têm mais idade, que mulher vota em mulher. Mulher que tem sucesso, que se empodera e tem protagonismo, empodera outra mulher.” Uma das propostas de Tebet é ter a mesma quantidade de ministras e ministros. “Está no programa de governo a criação do ministério equalitário entre homens e mulheres, e eu quero negros governando conosco, porque esse é o Brasil que nós temos.”
A pré-candidata ainda revelou estar aberta a conversar com outros partidos, até aqueles que já têm presidenciáveis, como o PDT, com Ciro Gomes, e União Brasil, com Luciano Bivar. “A partir de hoje, nós começamos a conversar com todos os partidos do centro-democrático, sem exceção, que tenham ou que não tenham pré-candidato. Tenho certeza que quando a nossa caminhada da esperança começar a percorrer o Brasil, outros se somarão conosco”, declarou Tebet, que acrescentou: “É contra essa polarização que nós nos apresentamos. Vamos nos apresentar ao Brasil e dizer: ‘Vamos falar menos de Lula e Bolsonaro e mais do Brasil, do Brasil real”. Sobre a economia, a senadora se posicionou como uma liberal e saiu em defesa da iniciativa privada. “[Precisamos] tratar bem os investidores, entender que o mercado e a iniciativa privada são parceiros no desenvolvimento do Brasil. Tudo aquilo que não é essencial tem que ser colocado na indicativa privada, principalmente na área de logística. Sou contra a privatização da Petrobras, mas sou liberal na economia, a favor de privatização. (…) Eu votei teto de gastos, reforma trabalhista e reforma da previdência. O desenvolvimento do Brasil passa por fazer o dever de casa”, finalizou.
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