O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) vai conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para pedir celeridade na análise do projeto que altera as atuais regras do ensino médio. Após agenda que cumpriu nesta quinta-feira, 28, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, o socialista defendeu as mudanças e disse esperar que a proposta, em tramitação na Câmara, seja analisada no início do próximo ano.
“Vou conversar com Arthur Lira. Acho uma boa proposta. Vou conversar com o relator, Mendonça Filho, para a gente poder avançar nesta lei”, disse.
Em outubro ,o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera diretrizes e bases da educação nacional e estabelece diretrizes para a política nacional de ensino médio. Entre as mudanças estavam a volta das 2.400 horas da formação geral básica, que envolve disciplinas como matemática e português, além da revogação dos itinerários formativos.
No formato atual, o ensino médio reserva 1.800 horas para as disciplinas base e dedica as 1.200 horas restantes para uma carga flexível, em que os alunos escolhem entre trilhas do conhecimento conforme seus interesses. O novo ensino médio foi aprovado em 2017, durante a gestão de Michel Temer (MDB). Na época, Mendonça Filho era o ministro da Educação.
Desde então, o novo ensino médio se tornou alvo de críticas de grupos ligados à pauta educacional, principalmente de linhas mais à esquerda.
Havia a expectativa de que a Câmara colocasse para votação a proposta neste mês. O texto chegou a ser incluído na sessão do dia 19 de dezembro, mas foi retirado de pauta por falta de consenso sobre o conteúdo. O pedido de adiamento foi feito pelo ministro da Educação, Camilo Santana, junto ao relator da proposta, deputado Mendonça Filho.
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