Na última quinta-feira 27/01 Bolsonaro surpreendeu a todos ao anunciar o reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica.
"É com satisfação que anunciamos para os professores da educação básica um reajuste de 33,24% no piso salarial. Esse é o maior aumento já concedido pelo governo federal desde o surgimento da Lei do Piso. Mais de 1,7 milhão de professores, dos estados e municípios, que lecionam a mais de 38 milhões de alunos nas escolas públicas serão beneficiados", escreveu o presidente.
Segundo o G1 Governadores e prefeitos estavam negociando com o Ministério da Economia e Educação um aumento do mínimo permitido por lei que é 7,5% mas durante a tradicional Live de Quinta Feira, Bolsonaro afirmou que poderia vetar, ou definir um valor menor mas para atender o pedido de parlamentares da área da educação e das categorias do magistério decidiu juntamente com Ministro da Educação Milton Ribeiro surpreender a todos e conceder o reajuste máximo permitido por lei que é de 33,24%.
Com isso o presidente elevou o piso que passa de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63, alta muito maior que os 7,5% esperados por estados e municípios.
Uma parte do valor será paga pelo Governo Federal, mas muitos municípios que já de forma irregular não cumprem a lei do Piso a muitos anos, temem que a publicidade do aumento possa impactar nas suas finanças já que alguns estados e municípios arcam com a maior parte do custo da folha nos salários da educação básica.
Porém mesmo que limite os investimentos de prefeituras em outras áreas, em contra partida a medida irá trazer mais renda para a população já que em alguns municípios pequenos por exemplo o reajuste na folha de pagamento dos professores pode injetar mais de um milhão na economia local.
Mas segundo informação de bastidores a medida não tem agradado partidos de esquerda, prefeitos e principalmente alguns governadores que fazem oposição ao presidente, isso porque uma parcela significativa dos mais de 1,7 milhões de professores tem suas posições políticas mais voltados a esquerda e fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro, e um aumento significativo no salário de aproximadamente mil reais pode impactar significativamente e mudar a percepção deste eleitorado aumentando o apoio dos professores, alunos e da população ao presidente já durante os próximos meses, por isso alguns agentes políticos já estão trabalhando nos bastidores para tentar barrar o aumento, mas tudo em sigilo para não correr o risco de se queimar com seu eleitorado.
No último sábado 28/01 a insatisfação veio a tona através da nota da Confederação Nacional de Municípios (CNM) - "Ao colocar em primeiro lugar uma disputa eleitoral, o Brasil caminha para jogar a educação pelo ralo. A CNM lamenta que recorrentemente ambições políticas se sobressaiam aos interesses e ao desenvolvimento do país. Cabe ressaltar, ainda, que, caso confirmado o reajuste anunciado pelo governo federal, de 33,24%, os Municípios terão um impacto de R$ 30,46 bilhões, colocando os Entes locais em uma difícil situação fiscal e inviabilizando a gestão da educação no Brasil. Para se ter ideia do impacto, o repasse do Fundeb para este ano será de R$ 226 milhões. Com esse reajuste, estima-se que 90% dos recursos do Fundo sejam utilizados para cobrir gastos com pessoal." disse o presidente da CNM Paulo Ziulkoski.
A nota ainda acaba orientando a todos os prefeitos e governadores a descumprir e ignorar o reajuste do piso concedido pelo Presidente Bolsonaro e recomenda que os gestores municipais realizem o reajuste com base no índice inflacionário até que novas informações sejam fornecidas pelo governo federal, a CNM e ainda ameaça judiciarizar a questão num sinal claro para tentar sabotar o piso concedido por Jair Bolsonaro.
Confira a nota na íntegra em https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/nota-da-cnm-sobre-aumento-do-piso-do-magisterio-2022
Confira o vídeo que Bolsonaro Explica o Reajuste do Piso:
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