Galípolo vai ao Senado e deve detalhar política monetária em meio a tensões econômicas

Presidente do Banco Central participa nesta terça de audiência na CAE; expectativa é que esclareça rumos da taxa Selic e impacto de fatores externos
Por: Brado Jornal 22.abr.2025 às 08h21
Galípolo vai ao Senado e deve detalhar política monetária em meio a tensões econômicas
Lula Marques/Agencia Brasil

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, comparece nesta terça-feira (22) à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para uma nova audiência pública, marcada para as 10h. Essa é a segunda vez no ano que o economista se apresenta à comissão, como determina o regimento interno da Casa, que exige presença trimestral da autoridade monetária em fevereiro, abril, julho e outubro.

No encontro, Galípolo deve expor aos parlamentares as diretrizes, medidas e perspectivas da atual política monetária conduzida pela autarquia — tema que tem gerado atenção diante da pressão sobre a taxa básica de juros (Selic), a instabilidade cambial e os reflexos de crises internacionais sobre a inflação brasileira.

A audiência ocorre em um momento de forte debate entre o governo federal e o BC sobre o ritmo de queda da Selic, atualmente em trajetória de redução, mas considerada lenta por setores do Executivo.

Além da agenda econômica, Galípolo esteve recentemente no centro de outra discussão no Senado: a regulamentação das apostas esportivas online. Durante sua participação na CPI das Bets, ele reforçou que o BC não é responsável por autorizar ou bloquear plataformas de apostas. Segundo ele, essa atribuição cabe à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda.

“O Banco Central não tem a função de interromper transações diretamente. A partir do momento em que a SPA comunica que determinada empresa não está regular, cabe às instituições financeiras interromperem as operações”, explicou Galípolo na ocasião.

A presença do presidente do BC nesta terça será acompanhada de perto por parlamentares e analistas econômicos, que esperam mais clareza sobre a trajetória da inflação, a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) e os desafios externos, como a volatilidade global provocada por tensões geopolíticas.



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