O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente setores da sociedade e da imprensa que, segundo ele, têm demonstrado “falta de honestidade intelectual” ao cobrarem o ajuste fiscal do governo. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira (9).
Segundo o ministro, o governo federal vem perseguindo responsabilidade fiscal desde o início da gestão, e alcançou um déficit primário de apenas 0,1% do PIB em 2024, abaixo do teto de 0,8% previsto pelo mercado.
“Estamos em uma situação melhor do que já estivemos. Esse é um trabalho permanente, pedagógico, de consistência e resiliência”, afirmou.
Ajuste fiscal com crescimento
Haddad destacou que o compromisso do governo é com um ajuste fiscal estruturante, não paliativo, e que esse esforço está vinculado à promoção do crescimento econômico.
“O que diferencia o Lula dos antecessores é que, para nós, o ajuste fiscal depende de um crescimento mais robusto”, disse, referindo-se à necessidade de corrigir distorções históricas no orçamento público.
Crescimento acima da média
Embora o Relatório Focus aponte um crescimento do PIB de 1,97% para 2025, o ministro acredita que a economia brasileira pode crescer até 2,5%, superando, segundo ele, a média dos governos anteriores.
“A média de crescimento vai ser maior do que a dos sete anos dos governos conservadores que nos antecederam”, declarou.
Críticas à oposição
Haddad também atribuiu à oposição a responsabilidade pela situação fiscal frágil do país, lembrando que o Brasil acumulou uma década de déficits primários.
“A atual oposição teve sete anos para fazer o ajuste fiscal e não fez. É curioso que isso nunca seja relembrado”, afirmou.
Ações estruturais
Para rebater as críticas de que o governo teria tomado medidas apenas pontuais, o ministro citou ações já implementadas, como:
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