Haddad critica “falta de honestidade intelectual” em cobranças por ajuste fiscal

Ministro da Fazenda defende gestão econômica e afirma que críticas ignoram esforço do governo
Por: Brado Jornal 09.abr.2025 às 11h02
Haddad critica “falta de honestidade intelectual” em cobranças por ajuste fiscal
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente setores da sociedade e da imprensa que, segundo ele, têm demonstrado “falta de honestidade intelectual” ao cobrarem o ajuste fiscal do governo. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira (9).

Segundo o ministro, o governo federal vem perseguindo responsabilidade fiscal desde o início da gestão, e alcançou um déficit primário de apenas 0,1% do PIB em 2024, abaixo do teto de 0,8% previsto pelo mercado.

“Estamos em uma situação melhor do que já estivemos. Esse é um trabalho permanente, pedagógico, de consistência e resiliência”, afirmou.


Ajuste fiscal com crescimento

Haddad destacou que o compromisso do governo é com um ajuste fiscal estruturante, não paliativo, e que esse esforço está vinculado à promoção do crescimento econômico.

“O que diferencia o Lula dos antecessores é que, para nós, o ajuste fiscal depende de um crescimento mais robusto”, disse, referindo-se à necessidade de corrigir distorções históricas no orçamento público.


Crescimento acima da média

Embora o Relatório Focus aponte um crescimento do PIB de 1,97% para 2025, o ministro acredita que a economia brasileira pode crescer até 2,5%, superando, segundo ele, a média dos governos anteriores.

“A média de crescimento vai ser maior do que a dos sete anos dos governos conservadores que nos antecederam”, declarou.


Críticas à oposição

Haddad também atribuiu à oposição a responsabilidade pela situação fiscal frágil do país, lembrando que o Brasil acumulou uma década de déficits primários.

“A atual oposição teve sete anos para fazer o ajuste fiscal e não fez. É curioso que isso nunca seja relembrado”, afirmou.


Ações estruturais

Para rebater as críticas de que o governo teria tomado medidas apenas pontuais, o ministro citou ações já implementadas, como:

  • Nova política de valorização do salário mínimo
  • Reformulação do abono salarial
  • Ajustes no Fundeb, todos de acordo com o novo arcabouço fiscal


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