Haddad defende medidas estruturais para reduzir superendividamento e destaca papel do BC no controle da inflação

Ministro da Fazenda comenta sobre as mudanças no crédito consignado e a necessidade de aumento da produtividade para impulsionar a economia
Por: Brado Jornal 24.mar.2025 às 10h10
Haddad defende medidas estruturais para reduzir superendividamento e destaca papel do BC no controle da inflação
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (24) que o Banco Central (BC) deve continuar com sua missão de controlar a inflação, enquanto o governo federal pode implementar medidas estruturais para ajudar a combater o superendividamento, como as recentes mudanças no crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.

Em sua fala, Haddad reforçou a importância do Ministério da Fazenda em criar um ambiente econômico saudável tanto no aspecto macro quanto microeconômico. Ele enfatizou que, para superar os desafios econômicos do Brasil, é imprescindível um aumento de produtividade, o que, por sua vez, leva ao crescimento econômico sustentável.

“Eu não acredito em soluções para os nossos problemas que não envolvam aumento de produtividade e, consequentemente, o crescimento da economia”, afirmou o ministro, durante um evento organizado pelo jornal Valor Econômico em São Paulo.

O ministro também foi questionado sobre as recentes modificações no formato do crédito consignado, que visam ajudar os trabalhadores da iniciativa privada a evitar o superendividamento. Esta medida foi anunciada enquanto o Banco Central continua elevando a taxa básica de juros (Selic) com o objetivo de controlar a inflação, que atualmente está acima da meta.

Haddad argumentou que a reformulação do crédito consignado é uma medida estrutural, desvinculada da conjuntura macroeconômica atual. Ele destacou que a intenção é evitar que as famílias se endividem ainda mais devido às altas taxas de juros no crédito pessoal. “Você evitar que as famílias se superendividem em função de uma taxa de juro agressiva, como é o caso das atuais taxas para o consumidor sem garantia, não pode ser visto como uma medida temporária para controlar a inflação”, explicou.

Ele também mencionou que, no Brasil, o crédito pessoal pode ter taxas de juros de 5% a 6% ao mês, o que é um fator significativo no endividamento dos consumidores. “Quando falamos de superendividamento, não é a dívida em si que coloca as pessoas nessa situação, mas sim o juro abusivo”, ressaltou Haddad.

O ministro ressaltou ainda que muitos trabalhadores recorrem ao crédito devido a imprevistos ou emergências, entrando em uma “armadilha” financeira que dificulta sua recuperação econômica.



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