O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (20/3) que a extrema direita “não vai ter argumento para não aprovar” a proposta do governo federal que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais. A declaração foi feita durante o programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Haddad também demonstrou confiança na aprovação do projeto de lei no Congresso Nacional. “Não consigo enxergar alguém da extrema direita subir na tribuna e dizer que quem ganha até R$ 5 mil tem que pagar imposto”, afirmou.
O governo pretende isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais.
Para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, haverá uma alíquota progressiva.
A isenção deve gerar um impacto de R$ 25 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.
Para compensar a perda de arrecadação, será criada uma alíquota mínima de até 10% para contribuintes que ganham mais de R$ 600 mil por ano.
Caso aprovada ainda em 2025, a medida entrará em vigor a partir de 2026.
O ministro reforçou que a ampliação da faixa de isenção não resultará em aumento da carga tributária. “Essa proposta não tem nenhum centavo de aumento de imposto”, garantiu.
Haddad aproveitou a ocasião para criticar medidas econômicas da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, o ex-presidente não atualizou a tabela do IR por sete anos e manteve o salário mínimo sem reajuste real.
“O Bolsonaro não atualizou a tabela do IR, que ficou sete anos sem alteração. Manteve o salário mínimo congelado. Não vi nenhum editorial contra. Agora que atualiza a tabela, é ‘populismo’. Cobrar de quem não paga é populismo? Essa proposta não tem nenhum centavo de aumento de imposto”, declarou o ministro.
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