Presidente da Petrobras afirma que política de preços não causou queda no Lucro da Estatal

Título: Presidente da Petrobras Afirma que Política de Preços Não Causou Queda no Lucro da Estatal

Subtítulo: Magda Chambriard aponta variação cambial como principal fator para o tombo de 70,6% no lucro líquido de 2024

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, refutou as acusações de que a política de preços adotada pela sua gestão tenha sido responsável pela drástica queda nos lucros da estatal, que recuaram 70,6% em 2024, totalizando R$ 36,6 bilhões. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27), Chambriard destacou que a política de preços da Petrobras é baseada em uma série de fatores, incluindo paridade internacional, custos de importação e a capacidade de absorção do mercado.

"Seguimos nossa política de preços de forma coerente, e ninguém, entre investidores e conselheiros, tem reclamado. Quando necessário, ajustamos o preço, como fizemos recentemente com o diesel. A política de preços que seguimos gera valor para a companhia e para a sociedade", afirmou.

A queda no lucro da Petrobras ocorre após a empresa ter registrado em 2023 seu segundo maior lucro líquido da história, de R$ 124,6 bilhões. Chambriard apontou a variação cambial como o principal responsável pelo desempenho abaixo do esperado, mas destacou que a empresa tem grandes perspectivas para 2025, especialmente com os projetos de desenvolvimento dos campos de Búzios e Tupi no pré-sal.

Ela ressaltou que o Campo de Búzios, que começará a produzir em grande escala até 2030, será um dos maiores do mundo, com uma produção prevista de 2 milhões de barris por dia. "A Petrobras tem a fortuna de ter descoberto e poder desenvolver campos como Búzios, que vão gerar grande valor para a empresa e para o Brasil", afirmou.

A estatal também enfrenta desafios relacionados ao valor de mercado, com uma perda de R$ 24,5 bilhões após o impacto nos lucros. Entretanto, a expectativa da gestão é de recuperação nos próximos meses, impulsionada pela exploração de novos campos e pela retomada do crescimento global da demanda por petróleo.