O volume de transações feitas pelo Pix voltou a apresentar números mais próximos da média histórica na terceira semana de janeiro de 2025, totalizando 1,923 bilhões de transações entre os dias 16 e 27. Isso representou uma leve alta de 0,24% em relação ao mesmo período de novembro de 2024, de acordo com dados do Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI) do Banco Central (BC).
Este aumento ocorre após a revogação da instrução normativa da Receita Federal que buscava modernizar a fiscalização do Pix e outras modalidades de transferências financeiras, que gerou uma série de incertezas, incluindo especulações sobre uma possível tributação sobre o sistema. As dúvidas e o risco de fraudes, como a criação de boletos falsos e cobranças indevidas, resultaram na revogação da norma, o que ajudou a estabilizar a operação do sistema de pagamentos.
Impacto das notícias sobre tributação e queda em janeiro
O volume de transações via Pix observou uma queda de 13,1% na comparação com o mês de dezembro, um período historicamente marcado por picos de transações devido ao pagamento do 13º salário e gastos com compras de Natal. No entanto, o dado mais representativo de comparação foi o de novembro, visto que o dezembro costuma distorcer as médias devido a fatores sazonais.
Entre 1º e 15 de janeiro, o volume de transações via Pix caiu 13,4% em relação ao mês de dezembro, e 6,7% em comparação com o mesmo período de novembro. A queda foi ainda mais acentuada entre os dias 1º e 14 de janeiro, quando a redução foi de 15,7% em relação a dezembro e 7,9% em relação a novembro. Esses números evidenciam a queda significativa nas transações, impulsionada pela instabilidade gerada pelas especulações fiscais.
Medidas provisórias e recuperação do serviço
Em resposta ao clima de incerteza, o governo federal emitiu uma medida provisória que reforça a isenção de impostos sobre as transações via Pix e estabelece a proibição de preços diferenciados para transações realizadas através do sistema. Esses ajustes buscaram restaurar a confiança dos consumidores e comerciantes, garantindo que o sistema continuasse livre de tributação.
Apesar dos desafios enfrentados, o volume de transações do Pix na terceira semana de janeiro mostrou sinais de recuperação. O número de transações foi o maior desde que a norma foi revogada, com o governo esclarecendo que a regra anterior não implicava cobrança de impostos, o que ajudou a restabelecer a confiança no sistema de pagamentos. A medida provisória também assegurou o sigilo bancário nas transações, um ponto importante que mantém a integridade do serviço.
Este movimento de recuperação segue como resposta ao pico de transações registrado no final de 2023, mas ainda sem os altos números de dezembro, quando o pagamento do 13º salário impulsionou a utilização do sistema. O mês de janeiro, historicamente mais tranquilo em termos financeiros, já apresenta uma retomada gradual do uso do Pix, a principal plataforma de transferências instantâneas do Brasil.
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