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Volume de operações do Pix registra maior redução desde sua criação

Esse comportamento é incomum para o Pix, um sistema que tem registrado crescimento constante desde sua implementação
Por: Brado Jornal 15.jan.2025 às 11h24
Volume de operações do Pix registra maior redução desde sua criação

O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o Pix, registrou em janeiro sua maior queda no volume de operações desde o lançamento em novembro de 2020.


Segundo dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), no intervalo de 4 a 10 de janeiro, foram realizadas 1,250 bilhão de transações, representando uma retração de 10,9% em comparação ao mesmo período de dezembro. Esse declínio ultrapassou a queda registrada em janeiro de 2022, que havia sido de 7,5%. Esse intervalo temporal concentra as maiores movimentações mensais devido ao pagamento de salários, permitindo análises mais precisas ao eliminar flutuações sazonais.


Tradicionalmente, o número de transações do Pix diminui entre dezembro e janeiro, influenciado por fatores sazonais como o pagamento do 13º salário e as compras de final de ano. Contudo, no início de 2025, a queda não foi apenas mais acentuada em relação a dezembro, mas também menor quando comparada ao mesmo período de novembro, outubro e setembro de 2024.


Esse comportamento é incomum para o Pix, um sistema que tem registrado crescimento constante desde sua implementação, revolucionando a maneira como os brasileiros realizam pagamentos. Exceto pelos meses de janeiro nos últimos quatro anos (2022 a 2025) e julho de 2024, o volume de transações sempre mostrou tendência de alta.


A diminuição nas transações ocorre em meio à polêmica gerada por uma norma da Receita Federal que intensificou a fiscalização das movimentações financeiras de empresas e consumidores. Muitos temem que a medida aumente a pressão fiscal, especialmente sobre autônomos e trabalhadores informais. A Receita, no entanto, afirma que a regra não tem como objetivo atingir os pequenos contribuintes.


O Pix é o método de pagamento mais utilizado no Brasil, seguido por cartões de débito e dinheiro em espécie, segundo um levantamento do Banco Central divulgado em 2024. Até o final de 2024, o sistema contabilizava aproximadamente 6 bilhões de transações mensais, movimentando cerca de R$ 2,5 trilhões.


No SPI, apenas as operações entre instituições diferentes são liquidadas diretamente. Já as transações processadas internamente por bancos e fintechs são informadas ao Banco Central apenas uma vez por mês.



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