O dólar comercial avança nesta sexta-feira (27.dez.2024), atingindo R$ 6,22 na máxima do dia. Às 10h56, a moeda subia 0,48%, cotada a R$ 6,21.
O movimento ocorre em meio à divulgação de dados econômicos relevantes. A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, ficou em 4,71% ao ano, abaixo de 2023 (4,72%), mas ainda acima da meta de 3%. O Banco Daycoval destacou a pressão altista dos alimentos e a composição desfavorável dos serviços. "O cenário reforça expectativas de juros mais altos pelo BC, apesar do alívio temporário em energia", afirmou o banco.
O economista Igor Cadilhac, do PicPay, observou que a queda na inflação foi impulsionada principalmente pelas passagens aéreas, enquanto as expectativas para 2025 seguem desafiadoras. A Selic, atualmente em 12,25%, deve subir para 14,25% no próximo ano, com novas altas de 1 ponto percentual previstas pelo Copom.
Mercado de trabalho aquecido
O desemprego caiu para 6,1% no trimestre até novembro, o menor nível desde 2012. O número de ocupados atingiu um recorde de 103,9 milhões. O Caged registrou a criação de 106,6 mil empregos formais em novembro, refletindo a força do mercado.
Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, projetou uma taxa média de desemprego de 6,9% em 2024 e 6,8% em 2025. “O mercado de trabalho segue robusto e saudável”, disse.
Crédito em alta
O estoque de crédito cresceu 1,2% em novembro, marcando a 11ª alta consecutiva, um sinal do dinamismo da economia brasileira.
Cenário político no radar
No campo político, investidores acompanham o pedido da Câmara ao STF para desbloquear R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. A medida havia sido suspensa pelo ministro Flávio Dino devido a questões de transparência e rastreabilidade.
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