O pacote de corte de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gerou uma forte reação negativa no mercado financeiro nesta quarta-feira (28), com o dólar disparando e se aproximando da marca de R$ 6. Apesar da previsão de economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026, a proposta não foi bem recebida pelos investidores, que estão particularmente preocupados com a desoneração do Imposto de Renda para contribuintes com rendimento de até R$ 5 mil.
O mercado reagiu com cautela, com o dólar abrindo em alta e a moeda americana chegando a uma cotação recorde de R$ 5,91 na véspera do anúncio. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o pregão em queda de 1,73%, refletindo o mau humor dos investidores. O principal ponto de crítica foi a inclusão da isenção do Imposto de Renda no pacote, que, segundo analistas, "sequestrou" o foco do corte de gastos, gerando ainda mais incerteza sobre a capacidade do governo de controlar as finanças públicas.
Ainda que o governo tenha cumprido a promessa de reduzir os gastos, a medida parece não ter alcançado o efeito desejado no mercado, que continua preocupado com o equilíbrio das contas públicas e o aumento da incerteza econômica. Para os analistas, Haddad e a equipe econômica terão que lidar com as consequências dessa combinação de medidas, que podem dificultar a confiança dos investidores no futuro fiscal do Brasil.
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