Os servidores do Banco Central (BC) acusam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de travar o diálogo com a categoria, que reivindica a reestruturação da carreira.
“Apesar das várias tentativas dos servidores do Banco Central em dialogar com o governo, não houve avanços nos pleitos em relação à reestruturação da carreira do BC, após a regulamentação do bônus de eficiência dos auditores fiscais da Receita Federal”, informou o sindicato que representa os servidores.
Conforme a categoria, a partir de segunda-feira, 3, os servidores vão adotar uma “operação-padrão”. Haverá paralisações parciais todos os dias e maior lentidão na prestação de serviços. No ano passado, a categoria fez o mesmo movimento durante as negociações pela reestruturação da carreira.
Na nota, o sindicato destacou que “o sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo”.
Os servidores do Banco Central relataram que integrantes do Ministério da Gestão voltaram a negar às entidades representativas do corpo técnico do BC o avanço imediato da pauta de reestruturação da carreira sem impacto financeiro, assim como colocaram dificuldades em relação a outras demandas.
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