A Shein, plataforma chinesa de varejo de vestuário, anunciou ao governo brasileiro que pretende investir R$ 750 milhões nos próximos três anos no país. Em uma mensagem encaminhada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o CEO da empresa, Yuning Liu, a empresa se comprometeu a criar uma saída à pressão que o governo promete fazer sobre a tributação de compras de pequeno valor feitas no site da empresa, que chegam ao Brasil sem tributação.
“Temos a satisfação de anunciar hoje um robusto investimento na produção têxtil local, estabelecendo parceria comercial com cerca de 2 mil fabricantes brasileiros e gerando aproximadamente 100.000 novos empregos nos próximos três anos”, assina o CEO da empresa, junto com o diretor da empresa na América Latina, Marcelo Claure.
“Nosso compromisso com o Brasil está pautado em um relacionamento aberto e transparente com o governo, e nos colocamos à disposição para discutirmos soluções que possam contribuir ainda mais para o desenvolvimento sustentável do país. A Shein quer ser parceira do Ministério da Fazenda para ajudar a reconstruir o Brasil”, conclui a empresa.
A Shein tomou parte considerável do mercado de vestuário de assalto com um misto de alta variedade e preços abaixo dos concorrentes — mas também foi o alvo preferencial do governo Lula, quando este passou a defender a tributação automática de compras até US$ 50 para garantir o equilíbrio nas contas públicas. Enquanto citava nominalmente as concorrentes Aliexpress e Shopee como favoráveis à tributação, Haddad falava em uma terceira concorrente que estaria fazendo “contrabando” ao país, vendendo produtos como se fossem pessoas físicas.
Agora, o ministro correu para dizer que 85% da operação da empresa chinesa será nacionalizada.
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