olíticos de oposição voltaram a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos ataques coordenados ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e à autonomia da autoridade monetária.
Nos últimos dias, tanto Lula quanto aliados próximos engrossaram o tom das críticas à taxa de juros e às metas da inflação. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75%.
A deputada federal Carol De Toni (PL-SC) disse que “Lula e o PT querem culpar o presidente do BC pelo desastre econômico que eles próprios estão gerando, para então derrubá-lo e meter um petista no lugar”, escreveu ela, em um tuíte. “Ao contrário do que Lula diz, a autonomia do BC é boa para o país, e o que está arruinando tudo, na verdade, é o seu governo.”
A deputada lembrou que, em 2022, o Brasil cresceu mais que a China e “agora tudo está piorando com Lula, e é Lula — não Campos Neto — quem deve explicações ao país”.
O ex-deputado Paulo Martins (PL-PR) também disse que o objetivo de Lula é colocar um petista no lugar de Campos Neto. “Vou repetir: objetivo imediato do PT é derrubar Campos Netto do BC para colocar um petista no lugar. Em seguida, autorizar o BC a comprar títulos da dívida. Isso amplia possibilidades de orçamento e joga a inflação nas estrelas”, escreveu.
Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, Lula diz “lulices”. “Em vez de governar, Lula continua dizendo lulices: sabota a economia atacando a autonomia do Banco Central, a modernização dos marcos regulatórios e, agora, a capitalização da Eletrobras.”
O general Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que “a independência do Banco Central é fundamental para contrabalançar a sede gastadora do atual governo. Lembre-se que o dinheiro do governo sai dos impostos que pagamos.”
O deputado Luiz Phillippe Bragança (PL-RJ) disse que o problema econômico do Brasil tem relação com o excesso de gastos, e não com a autonomia do Banco Central. “Ao invés de o governo gastar o que arrecada, ou menos, eles acham que controlando o Banco Central e os juros o problema desaparece. É tudo ao contrário na cabeça deles.”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lembrou que Campos Neto “foi eleito o melhor presidente de Banco Central da América Latina e do mundo” e escreveu que, “se não fosse o BC, com um mês de desgoverno a inflação hoje já teria explodido”.
Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem mandato até 2024.
O ex-ministro Ciro Nogueira também criticou o governo Lula, em uma postagem. “Acabar com o avanço histórico da independência do Banco Central para quê? Para criar o BC, o Banco Companheiro? O mercado não pode tudo, mas o Estado não pode substituir o capitalismo. Nem aqui, nem na China.”
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