O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, foram ouvidos pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na última terça-feira, 12, para falar sobre política nacional de preços e abastecimento de combustíveis. O balanço do setor de petróleo brasileiro foi bem negativo, Guedes afirmou que o nosso modelo de exploração estaria equivocado, questionou o fato do país ter uma estatal que precisa levar em consideração os preços de mercados internacionais e disse também que a Petrobras vai avançar muito quando não tiver a exigência de ser controlada.
“O governo falhou miseravelmente na mão de quem defendia as estatais quebrando as estatais. Se quem defende a estatal quebra a estatal, a ponto de nós não sabermos quem manda hoje na Petrobras. Se são os financistas com a PPI [Preço de Paridade Internacional], que reajusta a cada semana, ou é o governo que quebra? Hoje, eu acho que quem manda na Petrobras é a governança típica de empresa listada em bolsa. Então a minha resposta é que quem manda não é nem o acionista minoritário e nem o governo, quem manda é o conselho e o CEO da empresa de acordo com as melhores práticas de uma empresa listada em bolsa”, criticou Guedes.
O ministro de Minas e Energia também fez um levantamento, expôs o setor do petróleo, explicou como se dá a correção dos preços no país, que leva sempre em consideração o mercado internacional e a variação do câmbio, e ressaltou a necessidade de se avançar no processo de privatização da Petrobras.
“Logo após a Segunda Guerra Mundial foi feito o Plano Marshall, o plano para reconstruir a Europa. O Plano Marshall custou US$100 bilhões, o Brasil gastou um Plano Marshall para resgatar a Petrobras. O que foi gasto para reconstruir a Europa na Segunda Guerra Mundial, o Brasil usou para recuperar a Petrobras”, declarou. Sachsida admitiu que não tem muitos questionamentos a fazer nesse momento e que ainda há um longo processo a se percorrer até que o Brasil decida se vai, ou não, privatizar a Petrobras, como aconteceu com a Eletrobras.
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