Bolsonaro escolhe Daniella Marques, braço direito de Guedes, para a presidência da Caixa

Pedro Guimarães é acusado de assédio sexual por funcionárias do banco; Daniella entrou em 2019 no Ministério da Economia e, atualmente, é secretária de Produtividade, Emprego e Competitividade
Por: Brado Jornal 29.jun.2022 às 15h21
Bolsonaro escolhe Daniella Marques, braço direito de Guedes, para a presidência da Caixa
Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve trocar, ainda nesta quarta-feira, 29, o comando da Caixa Econômica Federal. A escolhida para comandar o banco é Daniella Marques Consentino, braço direito do ministro Paulo Guedes. O atual presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães, é alvo de acusações de assédio sexual por funcionárias do banco, de acordo com reportagem publicada pelo portal “Metrópoles”. Daniella é membro da equipe de Paulo Guedes desde que este assumiu o Ministério da Economia – atualmente, é secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade. Aliados do presidente Bolsonaro afirmam que a melhor solução para o caso é o afastamento imediato de Guimarães e defendem uma mulher para o comando do banco. O nome de Daniella foi divulgado primeiramente pelo colunista Lauro Jardim.

Daniella é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e tem MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ. Ela atuou por 20 anos no mercado financeiro, na área de gestão independente de fundos de investimentos, tendo sido sócia-fundadora e diretora de fundos de investimento antes de ingressar no governo. Com o início da gestão de Guedes no Ministério da Economia, Daniella foi indicada como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, em 2019, e, em fevereiro deste ano, assumiu a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade em fevereiro deste ano.

A acusação revelada na terça-feira, 28, reuniu relatos de cinco vítimas com gravações que detalham os assédios cometidos por Guimarães no ambiente de trabalho. As mulheres relataram abordagens inadequadas, convites incompatíveis para a relação entre o presidente e as funcionárias e toques íntimos não consentidos. Uma delas disse: “Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele apertou minha bunda. Literalmente isso”. De acordo com a reportagem, o Ministério Público Federal investiga o suposto crime de assédio sexual contra funcionárias.

 Em nota enviada ao “Metrópoles”, o banco disse não ter conhecimento sobre o caso. “A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. […] A Caixa possui, ainda, canal de denúncias, por meio do qual são apuradas quaisquer supostas irregularidades atribuídas à conduta de qualquer empregado, independente da função hierárquica, que garante o anonimato, o sigilo e o correto processamento das denúncias”, informa o comunicado.



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