O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, elevou as taxas de juros do país em 0,75%, em um intervalo entre 1,5% e 1,75%, a mais alta desde o início da pandemia de Covid-19, quando estava entre 1% e 1,25%. Foi o terceiro aumento consecutivo, e o primeiro deste nível deste 1994 – até então, o Fed vinha realizando aumentos de meio ponto percentual por vez. No entanto, na última sexta foram divulgados os dados da inflação de maio, com números acima do esperado para os EUA – apenas em maio, o índice cresceu 1% em relação a abril, e em 12 meses, são 8,68%. Assim, a elevação de 0,75% já era esperada pelo mercado.
“Ao avaliar a postura adequada da política monetária, o comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas. O comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir o atingimento dos objetivos”, apontou o comunicado, reforçando que está fortemente comprometido em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%, mas citando que problemas como a guerra na Ucrânia e os lockdowns feitos pela China nos últimos meses para conter a pandemia de Covid-19 em seu território geram pressões inflacionárias no mundo todo, incluindo os Estados Unidos. O Comitê responsável pelos juros ainda reviu projeções para diversos índices econômicos, e todos os integrantes esperam novos aumentos na taxa, para pelo menos 3%, enquanto as do crescimento foram revisadas para baixo: a de 2022 passou de 2,8% em março para 1,7% em junho; para 2023, de 2,2% para 1,7% e, para 2024, de 2% para 1,9%.
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