O dólar teve uma forte alta frente ao real nesta segunda, 13, de 2,56%, e fechou o dia no valor de R$ 5,11, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo segue a tendência internacional e opera em grande queda, de 2,73%, caindo para 102.598 pontos. As razões para os dois movimentos são parecidas: na última sexta, 10, foi divulgada a inflação de maio nos Estados Unidos, com o índice apontando 1% no mês, forte aceleração em relação aos 0,3% de abril. Nesta semana, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos se reúne, e o mercado espera que haja um aumento de pelo menos 0,5% na taxa de juros do país. Contudo, com a inflação em crescimento, alguns agentes do mercado passaram a apostar num aumento de 0,75% em uma tentativa mais agressiva de retomar o controle sobre o aumento de preços. Aumentos na taxa de juros dos EUA fortalecem o dólar frente às outras moedas, já que os títulos do governo americano, considerados os mais seguros do mundo, passam a pagar mais para quem os compra e se tornam mais atrativos.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) também se reúne, e o mercado espera um aumento de 0,5% na taxa de juros, que deve ir a 13,25%. E, diferente dos Estados Unidos, a inflação brasileira desacelerou em maio – foi de 0,47%, ante o índice de 1,06% de abril. Assim, a previsão deve se concretizar, depois do BC ter indicado um aumento menor na taxa Selic após a última reunião, que determinou uma elevação de 1%. Além da Ibovespa, outras bolsas ao redor do mundo caíram: a americana Dow Jones, de Nova York, caiu 2,79%,e Nasdaq, focada em ações de tecnologia, recuou 4,68%. A europeia Euro Stoxx 50 teve queda de 2,60%, a de Xangai 0,89% e a de Tóquio, 3,01%.
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