O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2021. É o que mostram dados divulgados nesta quinta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,249 trilhões. As informações compreendem o período de janeiro a março deste ano e, por isso, não refletem possíveis consequências da guerra entre Ucrânia e Rússia no Leste Europeu, uma vez que os conflitos tiveram início em 24 de fevereiro. Na comparação com o início de 2021, momento mais crítico da pandemia de Covid-19 no Brasil, a alta da economia chega a 1,7%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres anteriores. Conforme estimado por analistas do mercado financeiro, o destaque do trimestre foi para os serviços, que registrou alta de 1%, reflexo da volta mais consolidada do comércio. Por sua vez, a indústria demonstrou estabilidade (0,1%) e a agropecuária registrou queda de 0,9%. Dados do IBGE também apontam que a despesa de consumo das famílias cresceu 0,7% no primeiro trimestre, a despesa de consumo do governo apresentou estabilidade e a formação bruta de capital fixo registrou queda de 3,5%.
No geral, o resultado foi menor do que o projetado por analistas do mercado financeiro. O Monitor do Produto Interno Bruto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), projetava aumento na atividade econômica de 1,5% no primeiro trimestre de 2022. “Dentre as atividades que compõem o setor, apenas as de outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não haviam recuperado, no quarto trimestre de 2021, o nível de atividade pré-pandemia da Covid-19. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a atividade de outros serviços ultrapassou o nível pré-pandêmico”, disse Juliana Trece, coordenadora da pesquisa. Ainda de acordo com os dados do IBGE, nas atividades industriais, o destaque ficou para Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,6%), Indústrias de Transformação (1,4%) e Construção (0,8%). Nos serviços, a alta é puxada por Outros serviços (2,2%), Transporte, armazenagem e correio (2,1%) e Comércio (1,6%), principalmente. No segmento, queda de 5,3% foi registrada na Informação e comunicação e recuo de 0,7% na Intermediação financeira e seguros. Além disso, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,0%, enquanto as importações caíram 4,6%, na comparação com o trimestre anterior.
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