Uma professora da rede municipal de ensino de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar ser presa após sua tornozeleira eletrônica ficar desligada por 17 minutos. Luciana Dôrea, de 53 anos, alegou ter esquecido o carregador do equipamento em casa no dia 14 de março, data em que ocorreu o incidente.
Leia também: Capitão Alden é o único deputado federal do PL na Bahia alinhado ao bolsonarismo
Em carta escrita de próprio punho e enviada ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, a educadora explicou que deixou a escola onde leciona às pressas ao perceber que a bateria do equipamento havia se esgotado.
“Declaro que diariamente costumo levar na bolsa do trabalho o carregador da tornozeleira e que, nessa data, ao sentir a tornozeleira avisando que precisava de carga, não havia colocado [o carregador] na bolsa. E que, ao sair do trabalho, chamei um Uber para que me levasse para casa para imediatamente colocar para carregar, dando os exatos 17 minutos”, escreveu.
Luciana, que dá aulas de história em duas escolas municipais da cidade, afirma ter redobrado os cuidados desde então. “Passei a ter ainda mais atenção e cuidado para não ocorrer novamente”, completou.
O advogado da professora anexou ao documento um pedido formal ao STF: “Requer que sejam aceitas as justificativas pelas supostas violações da tornozeleira eletrônica e o afastamento de qualquer possibilidade de prisão da requerente”.
Luciana Dôrea é investigada por participação em atos golpistas e cumpre medidas cautelares determinadas pelo Supremo. O caso segue sob análise do ministro Moraes.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...