A defensora pública Geana Aline de Souza, de 39 anos, faleceu na noite de terça-feira (25) após complicações graves de saúde que, segundo a família, teriam se originado após uma tentativa de inserção de um dispositivo intrauterino (DIU). O caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) e pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR).
De acordo com os relatos, Geana começou a sentir fortes dores e febre logo após o procedimento realizado no dia 18 de março, conduzido pela médica Mayra Suzanne Garcia Valladão. Embora o DIU não tenha sido efetivamente colocado, o quadro de saúde de Geana piorou rapidamente nos dias seguintes, culminando em um quadro de choque séptico. Ela foi internada na tarde de terça-feira no hospital privado Ville Roy, onde foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu e faleceu às 22h50.
O MPRR, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, abriu investigação para apurar possíveis falhas médicas, enquanto o CRM-RR iniciou uma sindicância para analisar a conduta da médica responsável, que não possui especialidade registrada. Em defesa, a médica afirmou em suas redes sociais que a morte de Geana não teve relação com os atendimentos realizados por ela, garantindo ter prestado toda a assistência necessária.
Geana Aline de Souza atuava como defensora pública desde 2017, sendo presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Roraima (ADPER). Ela exerceu funções na Vara de Execuções Penais e teve um trabalho marcante na comarca de São Luiz, no Sul do estado. A Defensoria Pública de Roraima decretou luto oficial e suspendeu as atividades no estado. O velório foi realizado na sede da DPE-RR, e o enterro ocorreu no Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição, em Boa Vista.
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