O líder da oposição israelense, Yair Lapid, condenou neste domingo (5) a decisão da Justiça Federal brasileira de ordenar que a Polícia Federal (PF) investigue o soldado israelense Yuval Vagdani por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. Lapid também criticou a política externa do governo brasileiro, que, segundo ele, favorece os palestinos em detrimento de Israel na arena internacional.
"O fato de um reservista israelense ter sido forçado a fugir do Brasil na calada da noite para evitar ser preso por combater em Gaza é um enorme fracasso político de um governo irresponsável que simplesmente não sabe como trabalhar", afirmou Lapid na rede social X.
A denúncia que originou o caso foi apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), que acusa o militar de envolvimento em demolições sistemáticas de casas de civis na Faixa de Gaza. Segundo a organização, tais ações configuram crimes de guerra. A Justiça Federal, com o aval do Ministério Público Federal, determinou que a PF investigue e adote medidas contra o soldado, em uma ordem considerada urgente.
Em comunicado divulgado no sábado (4), a HRF classificou a decisão como um marco na responsabilização por crimes cometidos em Gaza. Contudo, a fundação alertou neste domingo que Israel estaria “tentando contrabandear o suspeito para fora do Brasil”. A organização também denunciou indícios de destruição de provas, qualificando o ato como “uma afronta à soberania e ao Estado de Direito do Brasil”.
O caso repercute em meio a um cenário de tensão crescente, no qual Lapid lamentou que militares das Forças de Defesa de Israel (IDF) temem viajar para o exterior por receio de prisões. Apesar das acusações e do debate político acirrado, autoridades israelenses ainda não se pronunciaram sobre o caso.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...