Equipes do Corpo de Bombeiros retomaram, na manhã desta terça-feira (24), as buscas pelos 15 desaparecidos após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins, na BR-266. O colapso da estrutura ocorreu no domingo (22) e deixou, até o momento, duas vítimas fatais confirmadas. O acidente envolveu pelo menos oito veículos que passavam pela ponte.
Um dos corpos resgatados é de Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos. A outra vítima, também uma mulher, ainda não foi identificada. As operações de busca estão sendo realizadas exclusivamente com botes, já que duas carretas que caíram na água transportavam produtos tóxicos, incluindo ácido sulfúrico, o que levanta suspeitas de contaminação do Rio Tocantins.
Amostras da água foram coletadas por órgãos ambientais federais, e mergulhadores da Marinha irão se juntar aos esforços de resgate. Paralelamente, o Ministério Público Federal (MPF) investiga os impactos ambientais do desastre.
Reconstrução emergencial
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a destinação de R$ 100 milhões para a reconstrução da ponte, com previsão de entrega da nova estrutura em 2025. A decisão foi oficializada em decreto emergencial para agilizar os procedimentos administrativos.
“Nos primeiros dias de 2025, esperamos dar ordem de serviço para todas as obras de engenharia necessárias, com o compromisso de entregar uma ponte moderna e eficiente. Será um case de resolutividade”, declarou o ministro.
O governo federal também abriu uma sindicância para investigar as causas e responsabilidades do acidente. Segundo Renan Filho, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já enviou técnicos ao local para avaliar as condições da estrutura e determinar os fatores que levaram ao colapso.
O desabamento da ponte gerou transtornos para as populações do Maranhão e Tocantins, que dependem da estrutura para deslocamento e transporte de bens. Além das perdas humanas, há grande preocupação com os possíveis danos ambientais causados pela contaminação do rio por materiais químicos.
Governadores de ambos os estados, Carlos Brandão (MA) e Wanderley Barbosa (TO), sobrevoaram a região com Renan Filho para avaliar os impactos do desastre. O governo promete agilidade não apenas na reconstrução, mas também na apuração de responsabilidades e na mitigação dos danos sociais e ambientais.
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