Policiais civis da 60ª DP (Campos Elíseos), agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e apoio da Polícia Militar deflagraram, nesta terça-feira (10), uma operação para desmantelar uma quadrilha especializada em roubos de carga na Baixada Fluminense. O prejuízo causado pelos crimes é estimado em R$ 4 milhões.
A operação tem como alvo principal Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, traficante de renome que atualmente cumpre pena no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na unidade, onde Beira-Mar é apontado pelo Ministério Público como o chefe da organização criminosa. De acordo com a denúncia do MP, o traficante, apesar de estar preso há décadas, mantém controle sobre os criminosos subordinados e exerce poder nas comunidades Parque das Missões e Jardim Ana Clara, em Duque de Caxias.
“O denunciado LUIZ FERNANDO DA COSTA, vulgo ‘FERNANDINHO BEIRA-MAR’, encontra-se preso há décadas, como uma verdadeira enciclopédia criminal, contendo 89 anotações criminais no Portal de Segurança e ainda assim, exerce soberania sobre os criminosos que lhes são subordinados, mantendo seus redutos, através do império do medo", afirma a denúncia do MP.
Até o fechamento da reportagem, um suspeito havia sido preso. A operação faz parte da 2ª fase da Operação Torniquete, que visa combater o roubo de cargas e veículos, além de práticas de receptação. Desde setembro, mais de 240 pessoas foram presas e várias cargas e veículos foram recuperados. As investigações apontam que a quadrilha atua em áreas como a Avenida Brasil, a Rodovia Washington Luís e a Rio-Magé, com apoio de facções criminosas que financiam suas atividades criminosas.
Os agentes identificaram a estrutura hierárquica do grupo, que usa armamento pesado e aparelhos bloqueadores de sinal fornecidos pela facção criminosa. Em troca, metade dos lucros obtidos com os roubos era destinada à organização. Ao todo, 28 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, 11 dos quais já foram capturados. As buscas acontecem em 6 presídios, sendo 5 no Rio de Janeiro e 1 em Catanduvas, no Paraná.
Alvos da operação:
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