O Exército Brasileiro vai erguer uma cidade cenográfica para treinamento de combate em ambiente urbano no interior de São Paulo. O projeto ocupará 2,8 mil metros quadrados no Centro de Instrução de Operações Urbanas (CIOU), localizado no 28° Batalhão de Infantaria Mecanizado (28° BIMec), em Campinas (SP). A primeira fase da construção está orçada em R$ 5,6 milhões.
A cidade cenográfica contará com 66 edificações distribuídas em 12 quadras. O projeto prevê a construção de 20 tipos de estruturas diferentes, com diversas finalidades e tamanhos. Entre as edificações, haverá 16 tipos de residências, três torres, duas “estações de grande porte”, duas “estações de arrombamento” e duas “estações de granada”.
Na primeira fase, serão construídos 31 edifícios em quatro das 12 quadras previstas (números 3, 4, 9 e 10). A construção incluirá uma torre de 125 m², três casas de 29,89 m², duas de 29,79 m², três de 119,56 m², três de 89,67 m², três de 29,89 m², uma de 44,47 m², duas de 59,78 m², duas de 180,41 m², três de 214,62 m², cinco de 59,78 m², duas de 59,89 m² e a estação de grande porte, com 1.190,72 m².
O CIOU é uma instalação dedicada à capacitação tática e técnica das forças armadas, com ênfase em situações de crise como desastres ambientais, ataques terroristas, resgates de reféns e distúrbios civis em cenários urbanos. O estudo técnico que fundamenta a licitação para a construção da cidade cenográfica aponta que, atualmente, as instalações do centro são inadequadas para o treinamento das tropas.
“Atualmente, o CIOU utiliza estruturas temporárias (contêineres) para simular um ambiente urbano, o que compromete a qualidade do treinamento e afeta a capacidade operacional das tropas. A construção de uma cidade cenográfica permanente, com edificações que ofereçam um realismo necessário, é fundamental para manter a operacionalidade do Exército Brasileiro”, afirma o documento.
O edital especifica que a cidade cenográfica será composta por “edificações rústicas, semelhantes a um ambiente urbano convencional, sem necessidade de cobertura, pontos de água, energia ou esgoto, com exceção das ‘torres’ e ‘estações de grande porte’, que terão acabamento convencional”.
O local da obra será uma área plana, com poucos cortes e aterros necessários para nivelamento. O projeto também inclui a instalação de iluminação pública realista, com postes e cabeamento aéreo. Algumas edificações não usuais, como torres de observação e casas de grande porte, também são necessárias para o treinamento. Além disso, a cidade será construída em um espaço aberto, com áreas de leito natural e sem necessidade de supressão vegetal, aproveitando o arruamento existente no local, conforme descrito no edital.
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