Em uma tentativa de reformular a assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade, Curitiba está considerando uma proposta legislativa que pode transformar a maneira como a cidade aborda a beneficência pública. Através do projeto “Dê futuro, não dê esmolas”, o município busca encorajar a população a direcionar sua generosidade de uma forma que promova a reintegração social.
A proposta, que atualmente aguarda aprovação da Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal, foi desenvolvida pelo vereador Eder Borges (PL-PR). Sua visão destaca os possíveis efeitos negativos de dar dinheiro diretamente às pessoas nas ruas e sugere uma abordagem mais estruturada para o cuidado social.
A campanha proposta visa educar os cidadãos sobre as alternativas ao ato de dar esmolas. Com dados de contato e informações acessíveis, ela procura facilitar a conexão entre os curitibanos e os serviços sociais disponíveis.
Segundo o projeto, a Prefeitura de Curitiba não só informará sobre os serviços de apoio existentes como também promoverá ações para encaminhar os necessitados até eles. Convênios com o setor privado e organizações civis estão previstos para auxiliar na elaboração e divulgação de campanhas educativas.
O intuito da medida, conforme explanado por Borges, é combater o ciclo de dependência gerado pelo costume de dar esmolas e, simultaneamente, combater explorações de vulnerabilidades, como o uso mal-intencionado de crianças para a mendicância. O vereador reitera que esse grupo populacional merece mais do que ajuda momentânea; necessita de um suporte estruturado que ofereça verdadeiras perspectivas de melhoria de vida.
Além disso, a iniciativa também pretende atender a um público mais amplo, abrangendo desde crianças até idosos, todos em risco social, encaminhando-os para instâncias apropriadas onde possam receber o suporte necessário para reintegração na sociedade e no mercado de trabalho.
A sede por mudança e a luta para instaurar métodos de auxílio mais eficazes em Curitiba reforçam a crescente conscientização sobre as melhores práticas de apoio social. A proposta ainda precisa passar pela aprovação das comissões temáticas da Câmara e, caso seja aprovada e sancionada, trará uma nova forma de colaboração comunitária à cidade, alterando a face da caridade cotidiana.
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