A Enel Distribuidora SP, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista e outros 24 municípios da região metropolitana, anunciou nesta sexta-feira (31) que o atual diretor-presidente Max Xavier Linds renunciou ao cargo. Max estava na presidência desde novembro de 2018.
A empresa afirmou que Max não será mais presidente, mas vai continuar no Grupo Enel. Quem assume sua vaga é Guilherme Lencastre, que atuava como presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo.
"Como parte das recentes mudanças implementadas na gestão da Enel no Brasil, Guilherme Lencastre, que atuava como presidente do Conselho de Administração da companhia em São Paulo, assume como diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo, substituindo Max Xavier, que permanece no Grupo Enel. Lencastre deixa o Conselho da empresa em São Paulo e continuará presidindo o Conselho de Administração da Enel Brasil", diz a nota.
Ainda conforme a empresa, Lencastre está há 26 anos no Grupo e já foi presidente da área de Geração da empresa e diretor de Redes no Brasil. Ele é formado em Engenharia de Produção-Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A renúncia ocorre após uma crise envolvendo apagões registrados em São Paulo. O episódio mais recente é de março deste ano, quando moradores e comerciantes no Centro da capital ficaram mais de uma semana no escuro em razão de problemas na rede subterrânea da empresa. No período, até a Santa Casa de Misericórdia foi afetada.
Em novembro de 2023, quando a cidade sofreu com fortes temporais, moradores e comerciantes de alguns bairros ficaram mais de uma semana sem o fornecimento de luz. Na época, o então presidente Max Xavier Lins, pediu desculpas à população e disse que “sentia a dor” de quem estava mais de 100 horas sem luz.
No dia 1º de abril, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que determinou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abertura de um processo disciplinar para investigar o que ele chama de “transgressões reiteradas” da concessionária em São Paulo.
Multas do Procon superam R$ 51 milhões
O Procon de São Paulo já multou a Enel em mais de R$ 51 milhões em cinco anos por interrupções no fornecimento de energia elétrica, cobranças indevidas e problemas na leitura do medidor de consumo mensal. É o que aponta um balanço do Procon enviado ao g1 de 2019 a de 2024.
O balanço do Procon aponta que, em cinco anos de serviço, a empresa já recebeu sete multas. A de valor mais elevado, R$ 12,9 milhões, foi aplicada na última quinta-feira (4).
Procurada, a empresa informou que "a multa aplicada pelo Procon em junho de 2019, embora esteja registrada na Dívida Ativa, encontra-se temporariamente suspensa devido à contestação judicial em andamento. Quanto à sanção recentemente aplicada, em abril de 2024, a Enel foi notificada e deverá responder dentro do prazo estabelecido pelo órgão competente. A companhia ressalta que as demais multas estão em fase de recurso, seja em fase administrativa ou judicial".
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...