A Polícia Federal da Bahia deflagrou a Operação Fogo Amigo, nesta terça-feira, 21, com o objetivo de desmantelar uma grande organização criminosa composta por policiais militares dos estados da Bahia e Pernambuco, colecionadores de armas e caçadores, além de comerciantes de armas e munição.
As investigações revelaram um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para as principais facções criminosas dos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Até o momento, 18 pessoas foram presas e uma pessoa ficou ferida durante o confronto com as forças de segurança.
A pessoa baleada foi identificada como Diego do Carmo dos Santos. O confronto ocorreu no bairro São Gonçalo do Retiro, em Salvador.
Segundo as investigações, Diego do Carmo encomendou 16 vezes armas aos suspeitos. A primeira encomenda foi feita em 14 de fevereiro de 2022 e a última em 6 de junho de 2023, totalizando aproximadamente 16 meses.
Desvio de armas e munições
De acordo com as apurações, uma grande quantidade de armas e munições foi desviada para facções criminosas por meio de um esquema fraudulento que inseria informações falsas nos sistemas oficiais de controle e fiscalização.
A justiça baiana emitiu 20 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.
De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), um sargento da PM de Petrolina (PE) movimentou cerca de R$ 2,1 milhões em pouco mais de seis meses entre 2021 e 2023, um valor considerado incompatível com os rendimentos de um sargento da Polícia Militar.
Um dos investigados, que fez um acordo de delação premiada, afirmou que o grupo liderado por esse sargento da PM chegava a vender cerca de 20 armas de fogo por mês.
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