Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) iniciaram na noite de terça-feira (7) a organizar um acampamento para cobrar medidas de apoio à população palestina durante o conflito que se estende há 7 meses na Faixa de Gaza.
Trata-se da 1ª mobilização do tipo no Brasil desde que universitários dos Estados Unidos e de outros países ocidentais começaram a ocupar instituições de ensino para pedir o cessar-fogo do conflito.
Os alunos paulistas estão localizados na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e pedem uma manifestação oficial da USP pela causa palestina, assim como o fim de parcerias com universidades israelenses.
O movimento é organizado pelo ESPP (Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino). Nas redes sociais, recebeu o apoio da Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil), da Frente Palestina de São Paulo e da organização Sanaúd – Juventude Palestina.
Em publicações feitas por participantes no Instagram, é possível ver barracas espalhadas no vão do prédio de Geografia e História da universidade. Placas no local carregam palavras de ordem e slogans, como: “Lula, rompa todas as relações com Israel” e “Cessar-fogo em Gaza”.
Os estudantes também abriram um abaixo-assinado em que pedem “uma forte campanha de mobilização” pelo rompimento imediato de todos os convênios de cooperação acadêmica e científica com o “Estado sionista, genocida e racista de Israel”. Mencionam as parcerias com a Universidade de Haifa, a Universidade Hebraica e a Universidade Ariel.
Segundo os manifestantes, as instituições ajudam Israel a “desenvolver tanto a tecnologia empregada no genocídio palestino como as bases científicas e acadêmicas de sustentação da ideologia e do Estado sionista”. Até o momento, a iniciativa conta com 744 assinaturas.
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