A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) identificou a presença de um espião russo em Brasília, registrou a Folha de S.Paulo.
Sergey Alexandrovitch Shumilov se passava por integrante do corpo diplomático da embaixada da Rússia enquanto cooptava brasileiros para atuar como informantes.
No Brasil desde 2018, o espião desempenhava oficialmente a função de primeiro-secretário na embaixada russa. Ele também se identificava como representante da Casa Russa no Brasil (Russky Dom), que é ligada à agência federal russa Rossotrudnichestvo.
Como atuava o espião russo?
Ligado a um serviço de inteligência da Rússia, Shumilov tinha como objetivo reunir informações sobre determinados setores ou temas do Brasil de interesse para o governo de Vladimir Putin.
Segundo o jornal, ele oferecia bolsas de estudos e programas de intercâmbio na Rússia para atrair estudantes e acadêmicos brasileiros de determinadas áreas. Nesse modelo de atuação, os alvos se tornavam fontes do governo russo sem perceber.
Em evento organizado por uma faculdade de Brasília, em 2022, ele se apresentou assim:
“Meu nome é Sergey Shumilov, sou diretor da representação da agência governamental russa, o nome é um pouco complicado para brasileiros e estrangeiros, o nome completo é Rossotrudnichestvo. Mas o segundo nome é Casa Russa. O foco principal da nossa agência é a promoção da agenda humanitária da Rússia. Então trabalhamos com promoção da cultura russa, com conteúdos russos e, também, um dos pilares principais da nossa agência é a promoção da educação”, afirmou.
“Eu posso dizer que a demanda é muito alta e muitos brasileiros procuram educação na Rússia, porque a educação na Rússia é muito competitiva e nossas universidades estão na lista das melhores do mundo”, acrescentou.
No encontro, o espião disse que a Casa Russa oferecia em média 50 bolsas de estudo para brasileiros por ano.
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