Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) expressaram sua indignação com o tratamento negligente que afirmam ter recebido do governo Lula. Em uma fala contundente, eles destacaram que, enquanto outras áreas recebem investimentos, a universidade fica à margem das prioridades.
"O governo garantiu dinheiro para a militar, para a judiciário, para a igreja, para o fundo eleitoral, para a base, que inclusive saiu às ruas para fazer campanha para as eleições, para lutar contra o fascismo, porque nós da universidade temos muito a ver com isso. Sim, aí ele fecha as portas para a gente novamente", declarou um dos professores.
Além disso, os docentes afirmam terem sido abandonados pelo governo, apesar de terem sido lulistas e apoiado o petista em campanhas passadas. Eles relatam que os problemas estruturais da universidade, como alagamentos que levam à suspensão de aulas, persistem sem solução.
"O centro quando sobe tem que suspender a aula, porque está tudo alagado, e outros centros também. E é sobre isso que nós precisamos falar. É muito fácil dizer que Lula não dá porque não quer. Mas o mais difícil é demonstrar que a gente tem condição de lutar para conseguir não só o reajuste salarial, mas o dinheiro da universidade para combater o fascismo", desabafou outro professor.
Diante da possibilidade de um governo de extrema direita nas próximas eleições, os professores alertam para a necessidade de resistência e mobilização. Eles apontam que, mesmo com recursos provenientes de reformas tributárias, a universidade continua sendo deixada de lado.
"É muito provável que a gente tenha o governo de extrema direita na próxima eleição. Agora, nesse primeiro trimestre, já são 12 bilhões a mais resultado da reforma tributária por estarem taxando grandes fortunas. Então tem grana e tem as condições. Então bora para Brasília! Bora brigar", ressaltou outro professor.
Os docentes destacaram ainda a exclusão da universidade das funções específicas de Estado, como as forças de segurança e a arrecadação, enfatizando que o orçamento destinado à UFSC continua insuficiente para suprir suas necessidades.
"O Lula, o atual presidente, recentemente avaliou a questão das funções específicas de Estado, onde entram as forças de segurança, o pessoal da arrecadação, fazenda e diplomacia. O resto fica de fora. Os professores, saúde, etc. Fiscalização ficou de fora. O orçamento do ano passado para a Universidade Federal já era pequeno, já era baixo. E desse ano é melhor que do ano passado. É na resistência, fazendo esse governo lembrar quem somos nós e qual o nosso papel aqui", concluíram os professores.
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