O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), subiu o tom e fez críticas ao atraso do Ministério da Saúde em incluir a cidade na lista para a distribuição de vacinas contra a dengue. A declaração foi feita na manhã desta segunda-feira (18), dia em que a cidade decretou estado de emergência por causa da doença.
Na visão do prefeito, o Ministério da Saúde “deu bobeira” ao deixar a capital paulista de fora da 1ª remessa do imunizante. Nunes ainda afirmou ter pedido ajuda, mas não espera apoio do governo federal.
“Acho que a maior cidade do Brasil tem um peso para demonstrar que eles [Ministério da Saúde] deram bobeira por lá e poderiam ter sido mais ágeis com relação ao fornecimento da vacina. Não dá para esperar muita coisa do governo federal nesse ponto, não. Se vier, será bem-vindo”, declarou.
A cidade de São Paulo já registrou 62.187 casos prováveis de dengue neste ano e tem 11 mortes confirmadas da doença. A incidência chegou a 543 casos para cada 100 mil habitantes.
Ricardo Nunes ainda disse ter enviado 3 ofícios ao Ministério da Saúde solicitando a preferência na distribuição do imunizante. Um novo documento deve ser entregue ao ministério nesta 2ª feira (18.mar).
“Vamos mandar hoje mais um ofício para o Ministério da Saúde, até em uma forma de tentar alertá-los que eles precisariam estar preparados com relação a isso. A gente poderia ter evitado muitas mortes, já chegamos em 11 aqui na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito.
Na última semana, a Prefeitura de São Paulo anunciou o investimento de R$ 240 milhões para o combate à dengue. Além da contratação de médicos e agentes, o governo Nunes quer adquirir carros para fumacês nos bairros.
A prefeitura ainda ampliou os horários das AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) até às 22h.
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