O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, disse ser favorável ao voto aberto na eleição para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, mas não na atual disputa. Ele é um dos nomes cotados para substituir Ednaldo Rodrigues, que foi afastado do comando da CBF em 7 de dezembro por decisão do TJ-RJ.
A declaração de Bastos foi feita em reunião com representantes de clubes de futebol na terça-feira (26). O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a uma gravação do encontro. Nela, Bastos disse não defender o voto às claras na eleição atual, que deve ser realizada em janeiro, por causa de uma suposta pressão sobre seus aliados.
“A Fifa, em nenhum momento, vai falar para país nenhum qual é a regra do jogo que deve ser feita para ter eleição. Sobre o voto aberto, eu sou a favor. Nesta eleição, não é bom para a gente”, declarou Bastos na reunião com integrantes da Liga Forte União.
“Nós temos 4 ou 5 pessoas que estão lá chantageadas”, continuou, citando que algumas das pessoas pressionadas seriam dos Estados da Bahia, do Espírito Santo e do Pará. Segundo ele, essas pessoas desistiriam de votar nele “se tiverem que falar publicamente”.
Para se inscrever na disputa pela presidência da CBF, é preciso ter o apoio declarado de pelo menos 5 clubes e pelo menos 8 federações estaduais. Bastos está buscando as alianças.
Ele afirmou que Mauricio Ettinger, presidente do Paysandu, e Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol, estariam sofrendo pressão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
À Folha, Barbalho negou “qualquer tipo de participação em conversas ou candidaturas aos cargos da CBF”. Bastos disse que não iria se manifestar. A publicação entrou em contato com Gluck Paul, mas não obteve resposta. O jornal não conseguiu contato com Ettinger.
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