Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apela para rejeição da legalização dos jogos de azar

“O jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares”, afirma nota da CNBB
Por: Brado Jornal 11.dez.2023 às 14h09
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apela para rejeição da legalização dos jogos de azar

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reiterou, por meio de nota e de vídeo, sua posição contrária ao projeto de lei que visa legalizar os jogos de azar no Brasil.


A entidade já havia se posicionado sobre o tema em 1º de fevereiro de 2022, quando a Câmara dos Deputados aprovou, com urgência, a Lei 442/91, que dispunha sobre a exploração de jogos e apostas em todo o território nacional.


Agora, com o debate sobre o tema chegando ao Senado Federal para possível votação, a CNBB relembra o que já havia afirmado.


A nota argumenta que a liberação não considera a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o com o crime organizado, alerta que “o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares” e lembra que o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde.


“Os argumentos de que esta liberação aumentará a arrecadação de impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho e contribuirá para tirar o Brasil da atual crise econômica seguem a repudiante tese de que os fins justificam os meios. Esses falsos argumentos não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado. Diversas instituições de Estado têm alertado que os cassinos podem facilmente transformar-se em instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas”, diz a CNBB.


Assinam a nota Dom Jaime Spengler (Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS Presidente da CNBB), Dom João Justino de Medeiros da Silva (Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO) , Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa (Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE 2º Vice-Presidente da CNBB) e Dom Ricardo Hoepers (Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF Secretário-Geral da CNBB).



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