Em 24h, mina afunda mais 5,7cm em Maceió e Defesa Civil mantém Alerta

Afundamento do solo acumulado chega a 2,06m de profundidade. Velocidade registrada na última atualização foi de 0,23cm por hora.
Por: Brado Jornal 08.dez.2023 às 12h38 - Atualizado: 08.dez.2023 às 10h38
Em 24h, mina afunda mais 5,7cm em Maceió e Defesa Civil mantém Alerta

O afundamento do solo sobre a mina da Braskem que está sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, é de 2,06m de profundidade, segundo a atualização da manhã desta sexta-feira (8) feita pela Defesa Civil. Foram 5,7cm nas últimas 24h. O órgão mantém vigente o estado de alerta.

A Defesa Civil informa que não dá para dizer que o solo está se estabilizando porque a variação entre aumento e desaceleração tem sido constante nos últimos dias. Por isso, o monitoramento continua sendo feito 24 horas por dia. Por precaução, a recomendação é para que a população não transite na área desocupada.

A mina sob risco é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Ela está localizada sob a lagoa Mundaú, que deve ser afetada se houver o rompimento abrupto. A empresa afirma que "as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas".

Para manter a segurança, a Defesa Civil reforça que as pessoas não passem pela a área onde está localizada a mina e reforçou que as outras 34 minas que a empresa mantinha para extração de sal-gema na capital não correm risco de colapsar.

Nesta quinta-feira (7) houve a suspeita de um tremo de terra no maior complexo de escolas públicas de Alagoas, porém foi descartada pela Defesa Civil de Maceió. O Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa) reúne 11 escolas estaduais e fica perto do local da mina da Braskem que pode colapsar.

A versão mais recente do mapa que indica a área de risco amplia o monitoramento no local, inclui mais duas escolas e um ginásio esportivo. Como ainda não há ordem para evacuação, as escolas do Cepa mantém as aulas normalmente, e estudantes e funcionários tentam manter a rotina, mesmo com medo.

Desde que a instabilidade no solo provocada pela mineração abriu rachaduras em imóveis e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em 5 bairros da cidade.

Quando o afundamento da mina 18 foi detectado e passou a ser monitorado pela Defesa Civil, famílias que ainda viviam na região afetada pela mineração em Maceió deixaram suas casas sob ordem judicial.

A Justiça Federal determinou a desocupação de 23 residências nas áreas mais próximas do Mutange, como Bom Parto e Bebedouro. A ordem, com autorização para uso de força policial em caso de resistência, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).



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