A Prefeitura de Maceió decretou na quarta-feira (29) estado de emergência na cidade por 180 dias. A causa é o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
Segundo o governo do Estado, as minas são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração, mas que estavam sendo fechadas desde que o SGB (Serviço Geológico do Brasil) confirmou que a atividade realizada pela Braskem provocou o fenômeno geológico na região.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), criou um gabinete de crise para acompanhar a situação e os possíveis desabamentos. Caso o cenário se confirme, grandes crateras poderiam se formar nas áreas afetadas. Ele também levará o problema para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está no exterior, e para o presidente interino Geraldo Alckmin (PSB).
Dantas criticou a relação da Braskem com a Prefeitura de Maceió. Afirmou que um acordo fechado entre ambos está prejudicando as pessoas das regiões afetadas.
O governo afirmou que o monitoramento na região foi reforçado depois de 5 abalos sísmicos só em novembro. Segundo o coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, uma ruptura nessa profundidade pode causar efeito cascata em outras minas.
“Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. E temos outros problemas. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também do fornecimento de energia e de gás. Com certeza, toda a capital irá sentir os tremores se acontecer essa ruptura dessas cavernas em cadeia”, disse.
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