A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (28). A PF suspeita de fraude na Previdência municipal de Campos dos Goytacazes, base eleitoral da família Garotinho onde Rosinha já foi prefeita.
A PF investiga se houve fraude no valor de R$ 383 milhões na PreviCampos, o Instituto de Previdência dos Servidores. Segundo as investigações, no fim de 2016 a maior parte dos investimentos (80%) estava nas mãos de fundos suspeitos, de alto risco e com baixo retorno, no período das eleições municipais.
“Rosinha era prefeita de Campos na época dos fatos e, nesta qualidade, foi a responsável por indicar gestores e membros do Comitê da PreviCampos, todos, aparentemente, sem qualquer conhecimento sobre investimentos para os exercícios das funções”, diz trecho da decisão da Justiça do Rio.
Na casa de Rosinha, os agentes apreenderam notebook e pen drive da ex-governadora, além de documentos. Ao todo, a PF cumpre 18 mandados de busca e apreensão em Campos do Goytacazes e também em Santos (SP). Um ex-diretor do PreviCampos seria um dos alvos.
O advogado de Rosinha Garotinho disse em nota que a operação foi feita para “criar constrangimento para a família”.
“Os supostos fatos que ‘justificaram’ a busca e apreensão na casa de Rosinha Garotinho teriam ocorridos cerca de dez anos atrás. Ou seja, a única explicação para o que aconteceu hoje na sua residência foi criar um constrangimento para a família, pois o fato é completamente atemporal”, diz Paulo Roberto de Azeredo.
“Não queremos acreditar que isso seja retaliação ou intimidação política. Sobre a decisão, a única questão imputada à ex-prefeita Rosinha é de ela ter indicado pessoas, aparentemente, sem qualificação técnica para a diretoria e conselho da PreviCampos”, afirma o advogado.
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