O radialista brasileiro Marcos Susskind, morador de Tel Aviv, questionou ao vivo, durante uma transmissão, o viés pró-Hamas do site ICL Notícias. Ao ser perguntado sobre o que tinha testemunhado desde os ataques de sábado, 7, ele respondeu: “O que está havendo é uma ação terrorista por parte do Hamas. Aliás, eu não entendi por que, ouvindo vocês, a palavra ‘terrorista’ não apareceu nenhuma vez. Me surpreendeu isso. Falou do Hezbollah e falou do Hamas, e não usou a palavra ‘terrorista’ para dois grupos internacionalmente conhecidos como terroristas, que não respeitam nenhuma lei de guerra“.
Susskind seguiu criticando o emprego do termo genocídio para se referir à situação dos palestinos. “Outra palavra que eu ouvi aí, que me chamou muito a atenção, foi o genocídio do povo palestino. Eu sou neto de pessoas assassinadas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Não conheci meus avós, infelizmente. Meu pai tinha sete irmãos, eu não os conheci. Foram todos assassinados pela máquina nazista. O povo judeu, antes da Segunda Guerra Mundial, tinha 18 milhões de pessoas. Passados 77 anos… 78 anos do final da guerra, nós ainda somos 15 milhões. Até hoje não conseguimos recuperar o número de judeus que existiam no mundo em 1939. Isso é genocídio. O povo palestino saiu de Israel com 750 mil pessoas. Hoje, são 4, 540 milhões. Que genocídio é esse que um povo cresce, em 75 anos, de 750 mil para 4 milhões de pessoas? Isso é genocídio? Vocês usam palavras que são absurdas. Desculpe, antes de começar a falar da situação, é necessário falar isso. Vocês estão fazendo propaganda, e essa propaganda é errada. Nós temos que falar a verdade. Jornalismo se baseia na verdade. Jornalismo não se baseia em propaganda“.
Um dos jornalistas no estúdio do ICL Notícias o interrompeu: “Você não vai gritar aqui. Calma. Você não vai ganhar no grito“.
A apresentadora então encerrou bruscamente a conversa: “Você não conhece o nosso trabalho e a gente vai se despedir“.
O ICL Notícias, abreviação para Instituto Conhecimento Liberta, é um canal do Youtube do economista e ex-banqueiro Eduardo Moreira, que foi o criador da campanha “Somos 70%“, em 2020. Naquele ano, a ideia era dizer que a maioria da população não queria nem Lula nem Bolsonaro.
Depois, o empresário enveredou para o campo petista. No início do ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, cogitou o nome de Eduardo Moreira para o Conselho de Administração da empresa. A indicação foi bloqueada pelo Centrão.
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