A Jovem Pan tenta na Justiça chegar a um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) com o intuito de não perder as três concessões públicas que possui. O órgão fez pedido sobre a questão em uma ação civil pública no último mês de junho, mas uma audiência de conciliação já foi marcada para o dia 24 de agosto.
A informação foi confirmada pelo F5, que revelou o teor de parte da documentação submetida pela Jovem Pan. A emissora manifestou o desejo de ajustar a própria conduta e resolver a situação de forma consensual, apontando a medida como radical e sem precedentes no Brasil.
O encontro entre as partes será presencial, em São Paulo, e o clima nos bastidores da rádio é de otimismo, conforme aponta o portal F5.
A Justiça também solicitou a entrega pelo Google de uma cópia de todos os programas da Jovem Pan News ao MPF. Serão considerados os programas da rádio que foram publicados no Youtube, a plataforma de vídeos utilizada pela emissora.
Pedido do MPF
O MPF pede a cassação das outorgas públicas de rádio da Jovem Pan, mas não incluiu no pedido o canal de notícias do mesmo grupo na TV paga.
Além disso, o órgão solicita o pagamento de indenização no valor de R$ 13,4 milhões. Os motivos alegados são danos coletivos e a veiculação de mensagens ao longo do dia, em 15 edições diárias de três a quatro minutos, atestando a eficiência do processo eleitoral e de outras instituições.
A avaliação do caso está a cargo da CGU (Controladoria Geral da União), sem um prazo para julgamento. Segundo o MPF, existem mais de 13 mil horas de conteúdos onde a Jovem Pan teria atacado a democracia e as instituições.
Em contrapartida, A Jovem Pan que tudo não passa de "censura", lançando a campanha Somos Todos Jovem Pan, com pedido para que telespectadores mostrem apoio nas redes sociais.
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