A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas digitais informem se denunciados por participação no 8 de Janeiro são seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou deixaram de ser.
Antes, a PGR tinha pedido informações de todos os seguidores de Bolsonaro nas redes sociais.
A solicitação é assinada pelo subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações dos atos de 8 de Janeiro.
A decisão cabe ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos contra a eleição de Lula.
Antes, no dia 17 de julho, o órgão havia pedido ao Supremo que as plataformas enviassem uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais. O pedido da PGR teve ampla repercussão negativa.
Em nota de esclarecimento, o MPF disse que o pedido de acesso a informações dos seguidores de Bolsonaro tinha o “objetivo de subsidiar apurações sobre atos antidemocráticos” e que essas pessoas não seriam investigadas e nem teriam seus dados expostos.
Agora, a PGR pediu que Moraes desconsidere o pedido anterior. Carlos Frederico citou “o expressivo volume de dados decorrente do número de seguidores em redes sociais de Jair Messias Bolsonaro – estimado entre 15 e 30 milhões de pessoas”, o que, de acordo com o subprocurador, demandaria “tempo e esforços, o que, neste momento, poderá comprometer a capacidade operacional de levantamento, de forma célere, dos dados solicitados, além do risco de comprometer o fluxo seguro para a transmissão das informações”.
De acordo com ele, a reformulação do pedido ao STF visa o interesse público, “paz social” e considera a “eficiência e celeridade” no andamento das investigações.
No pedido reformulado, a PGR apresenta uma lista com 244 pessoas denunciadas por participação no 8 de Janeiro.
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